sábado, 11 de dezembro de 2010

yoga na gestação




Yogas citta vrtti nirodhah (segundo yoga sutra- Patanjali)

Yoga é uma ferramenta, uma disciplina, uma prática que nos leva aceitar e acomodar que a mente passa de um pensamento a outro seguidamente. Essa é a sua função. Meditação é achar o espaço entre cada pensamento. Ter um corpo saudável e sob controle é o primeiro passo, para isso hatha yoga. Controlar a respiração, pranayama, é a chave (é a diferença básica entre alongamento e hatha yoga). Através destes controles chegamos à mente e assim podemos observar; perceber, entender e nos autoconhecer. Daí, aprendemos sobre a relatividade das coisas, que tudo muda o tempo todo, e passamos a ver os objetos externos um pouco mais de longe, reconhecendo nossos papeis frente às situações em nossas vidas. O que sempre é igual é a testemunha em nós, é o que percebe e sabe tudo que você sabe e também o que você não sabe. Quando se chega nessa testemunha, nesse olhar sobre si mesmo, passamos a saber o que desejamos e o que rejeitamos, o que nos deixa bem e o que nos deixa não tão bem. Passamos a agir com escolhas, não mais reagido e sim agindo deliberadamente. Estas escolhas refletem nos nossos hábitos, vamos escolher um melhor alimento, uma melhor leitura, um melhor programa. Tudo vai ganhando leveza, deixando de ser tão sério, e nos damos conta do que já somos, plenos, felizes, e de que os objetos externos podem até revelar isso instantaneamente, mas eles não têm o poder de manter essa paz. Só nós mesmos através do conhecimento poderemos.
A gravidez é o momento onde se vive mais plenamente yoga, pois as mudanças acontecem diariamente, no corpo, na mente, não se tem escolha, não se tem duvida, não existe outra opção a não ser aceitar e acolher estas mudanças. Quebrando o ciclo de medo, tensão e dor. As expectativas neste período são as maiores, as duvidas sobre o que vai acontecer, sobre como ser mãe. Com tanta coisa pode-se até esquecer o mais importante, uma nova vida está sendo criada, um novo ser, uma nova relação. Para isso é preciso espaço, no corpo, na respiração e na mente. Para ser filha, para ser companheira, para ser mãe é preciso Ser. Sabendo quem somos de verdade podemos estar inteiros em cada papel. Para isso respiramos, observamos aprendemos, escolhemos, aceitamos. E agradecemos! Namaste!

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