segunda-feira, 16 de agosto de 2010



Terapia deveria servir para promover o autoconhecimento, mas isso incomoda e não faz o paciente-cliente ficar por muito tempo. Então se fala o que o outro quer ouvir, exaltando e afirmando seja o que for. Deixa de ser terapia para ser sessão de massagem do ego, o cliente sai feliz e continua voltando toda semana para se auto-afirmar, se validar. O terapeuta garante seu pagamento mesmo que isso não tenha nada haver com o que ele se propôs a estudar e trabalhar por vocação ou interesse. E todos seguem felizes, iludidos, validados uns pelos outro; claro para o terapeuta me validar eu tenho que valida-lo também, tenho que acreditar que ele é infalível, esqueço que é outro ser humano; perdidos, dependentes. Quem é infalível?

6 comentários:

  1. Diante da incerteza daquilo que somos e o que buscamos, as terapias convencionais funcionam ou agem quase que somente no nível do ego. As histórias compartilhadas com o terapeuta em dramas que poderiam se desenrolar numa "pilha" de papéis, servem apenas de consolo para o personagem, afetado numa superfície que sempre terá um recomeço de história pra contar...

    Adorei o novo lay-out... sds, om.

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  2. E ainda conseguimos culpar alguém por nossos conflitos. Geralmente os pais. Bjo

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  3. Enquanto estivermos presos em uma condição de passado (e não em um estado de Pura Presença), a tendência é se eximir da culpa. Quando não são os pais, é o(a) companheiro(a) e pode sobrar até para o cachorro ou gato. Om.

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  4. Ju, desculpa invadir seu blog, mas vim deixar minha opinião!!! Acredito que a terapia é uma, dentre muitas ajudas a que nós podemos recorrer. Acho válido qualquer tipo de ajuda e sem dúvida se o psicólogo for um BOM profissional, não vai dizer somente aquilo que o paciente quer ouvir. Por isso, para muitos há esse desconforto e vontade de abandonar. Por que nos deparamos com coisas que estavam guardadas no inconsciente e que não vêm à tona de jeito nenhum!!! =) Podemos ser católicos, frequentar centro espirita, simpatizar com o budismo, praticar yoga, recorrer a ´medicação, fazer terapias alternativas e etc. Não importa o caminho, importa a intenção!!!

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  5. Pri, concordo, em casos de traumas, de coisas que estão lá no fundo e precisam vir a tona, um bom terapeuta é indispensável, e este vai ser mais uma ferramenta p o autoconhecimento . Minha critica foi mais relacionada p quem usa o argumento de ser analizado p ser egoísta e nao pensar no outro como um igual. Estamos todos na mesma jornada, precisando de alguma coisa, de amor! Tudo é valido e existem varias formas. É preciso discernimento.... Obrigada por ter deixado seu comentário. Recomendo um livro que fala sobre isso um pouco, liberdade, do swami dayananda Saraswati . Beijo grande!

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  6. entendi seu ponto de vista! concordo muito com suas ideias, que são passadas durante as aulas! vou tentar comprar o livro. O título é Liberdade é isso? Acabei de ler "A alegria de Viver", de Mingyur Rinpoche (MUITO BOM) e "Felicidade" do Matthieu Ricard. Os dois fazem contraponto entre a pratica oriental da meditação e a vida que levamos aqui no ocidente. Achei genial! Agora é colocar em prática, rs! Beijos querida

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