
Chega então um momento em que o outro passa a se comportar de um modo que deixa de preencher as nossas necessidades, ou melhor, as necessidades do nosso ego. As sensações de medo, sofrimento e falta, que estavam encobertas pelo "relacionamento amoroso", voltam a aparecer. Como acontece com qualquer vício, ficamos muito bem enquanto a droga está disponível, mas chega um momento em que a droga não funciona mais. Quando essas dolorosas sensações de medo reaparecem, nós a sentimos mais fortes do que antes e passamos a ver o outro como a causa de todas essas sensações. Isso significa que estamos projetando no outro essas sensações, por isso nós o agredimos com toda violência que é parte do nosso sofrimento. Essa agressão pode despertar o sofrimento do outro, que é induzido a contra-atacar. Nesse ponto, o ego ainda está, inconscientemente, esperando que a agressão ou tentativa de manipulação seja sufuciente para levar o outro a mudar o comportamento, de forma que possa usá-lo, de novo, para encobrir seu sofrimento... Evitar se relacionar como uma tentativa de evitar o sofrimento também não é a resposta. O sofrimento está lá de qualquer jeito. Três relacionamentos infelizes em alguns anos têm mais probabilidade de forçar você a acordar do que três anos em uma ilha deserta ou trancafiado em seu quarto. Mas, se você pudesse colocar uma presença intensa em sua solidão, isso também funcionaria para você."...
trecho retirado do livro O Poder do Agora, de Eckhart Tolle, capítulo oito. Ótima leitura e releitura!
trecho retirado do livro O Poder do Agora, de Eckhart Tolle, capítulo oito. Ótima leitura e releitura!
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