trecho do livro "respirando e sorrindo"de Tich Nath Hanh
Yoga
Yogas citta vrtti nirodhah
terça-feira, 15 de maio de 2012
Sinal vermelho...
"Quando nos defrontamos com um sinal vermelho, nossa tendência é a de nos irritarmos. Um sentimento desagradável. Ficamos com raiva do sinal vermelho por estar nos impedindo que sigamos avante o mais rápido possível. Há um tipo de força sempre tentando nos sugar para o futuro.
Inconsciente ou, talvez, conscientemente, achamos que o nosso lugar é no futuro. Queremos chegar no nosso destino o mais cedo possível. Mas se perguntarmos a nós mesmos qual nosso destino final, ficaremos surpresos por ver que é a morte, o cemitério. A vida só pode ser encontrada no momento presente. A felicidade, também só pode ser encontrada no momento presente.
Assim o sinal vermelho está lhes ajudando a voltar para o momento presente. Praticar meditação é olhar para o sinal vermelho, respirar, sorrir e voltar para dentro de si mesmo. Temos a tendência de acreditar que nosso lugar é no futuro. Que a nossa felicidade está no futuro. Então sacrificamos o presente em nome do futuro. Esquecendo-se do momento presente, você se esquece do seu encontro com a própria vida".
trecho do livro "respirando e sorrindo"de Tich Nath Hanh
sexta-feira, 23 de março de 2012
OS TRÊS OBSTÁCULOS DE UM PROFESSOR DE YOGA - por JOÃO MAZZA
Na minha experiência de mais de 30 anos de aluno de Yoga, conheci muitos professores e professoras de Yoga. Com eles aprendi coisas importantes para minha prática e para minha vida.
O professor de Yoga deve ter em mente que sua profissão tem dois aspectos. Por um lado é uma prestação de serviço como outra qualquer, mas por outro lado tem uma responsabilidade adicional, pois o aluno tende a considerar o professor de Yoga como um modelo a ser seguido, ainda que inconscientemente.
Da convivência com esses professores, da observação do seu modo de ser e da forma com que perseguem seus objetivos creio que pude identificar três obstáculos que têm que ser superados para se chegar a ser um grande professor de Yoga.
Primeiro obstáculo: a armadilha
O professor de Yoga deve ter em mente que sua profissão tem dois aspectos. Por um lado é uma prestação de serviço como outra qualquer, mas por outro lado tem uma responsabilidade adicional, pois o aluno tende a considerar o professor de Yoga como um modelo a ser seguido, ainda que inconscientemente.
Da convivência com esses professores, da observação do seu modo de ser e da forma com que perseguem seus objetivos creio que pude identificar três obstáculos que têm que ser superados para se chegar a ser um grande professor de Yoga.
Primeiro obstáculo: a armadilha
A prática das posturas e dos exercícios respiratórios levam a uma crescente consciência corporal e a um certo controle dos processos metabólicos. Um dos meus professores conheceu um Yogi que dizia parar seu coração, na verdade constatou-se que ele induzia seu coração a fibrilar com freqüência altíssima, o que numa pessoa normal levaria a morte. Há relatos de Yogis que revertem seus movimentos peristálticos, expelindo as fezes pela boca, de outros que aspiram leite pelo pênis, de outros que levitam, etc. Isto sem falar dos siddhis descritos por Patanjali.
A questão é: que benefício isso trás para o Jiva, esse ser vivente que está lutando para se libertar do samsara (o ciclo de nascimento e morte, alegria e tristeza, felicidade e sofrimento), ainda que não tenha consciência disso?
Na verdade basta se conseguir dominar uma postura difícil para se correr o risco de se achar uma pessoa especial e com isso reforçar o seu Ego. Mas o Ego, ou melhor dizendo, o ahamkara, esse sentimento de “eu faço”, “eu sou o agente da ação”, é o principal obstáculo para o Jiva se libertar da ignorância que o prende ao samsara. O ego exaltado impede que a verdadeira grandeza do Yoga se manifeste através do professor.
A maneira de evitar essa armadilha é compreender que você é apenas um instrumento do Yoga para inspirar as outras pessoas. O Yoga faz parte da criação, é um dos instrumentos que Isvara (“Aquele que governa”) colocou no mundo para que nós Jivas possamos preparar nosso corpo/mente limitado para adquirir o conhecimento que nos libertará do samsara.
Segundo obstáculo: a tentação
Algumas profissões geram uma relação de poder entre o profissional e o paciente/cliente. Tradicionalmente se menciona o médico, o padre e o professor. No caso do professor de Yoga, esse poder pode ser muito grande, dependendo do carisma do professor. A própria prática corporal facilita para que essa relação de poder se transforme em atração física. Eu já vi professores seduzindo alunas e alunas seduzindo professores. Talvez no caso de uma professora de Yoga o problema seja menor, mas o risco existe.
Eu não estou dizendo que não pode haver envolvimento emocional entre professor(a)/aluna(o). Em relação às coisas do coração, as pessoas podem ser divididas em dois grupos, as que têm consciência que não têm controle e as que se enganam. Mas nós temos a opção de controlar nossas ações, por termos um intelecto, é isso e apenas isso que nos diferencia dos animais.
O professor de Yoga tem que estar consciente dessa relação de poder e usá-la com sabedoria, para inspirar seus alunos, compreendendo que a atração é mais ao que representa do que ao indivíduo. Mas se você tropeçar, ou identificar isso num outro professor, compreenda que isso aconteceu porque você, ou ele, é somente um ser humano. Na escola da vida somos todos repetentes, inclusive os sábios que conseguiram se libertar e ainda estão vivos. Uma das maravilhas da criação é que indivíduos limitados, como todos nós somos, conseguem realizar tantas coisas belas e grandiosas. Isso acontece quando permitimos que a grandeza de Isvara se manifeste através de nós.
Terceiro obstáculo: a ironia
A ironia é que freqüentemente o professor de Yoga não tem tempo para praticar adequadamente o que ensina. A rotina das aulas, a luta pela sobrevivência, os compromissos com a família e todas as coisas que fazem parte da vida de uma pessoa normal deixam pouco tempo para você mesmo. Então, quando tem que demonstrar uma postura mais difícil para um aluno, especialmente uma que você dominava bem, você pode forçar seu corpo numa posição para a qual não está preparado naquele momento, daí vem as lesões nas articulações, os problemas de coluna, etc.
Solução: a entrega
Você se tornou um professor de Yoga porque ama o Yoga, senão escolheria uma profissão menos exigente com você mesmo. Não descuide desse amor. Mesmo quando você tem pouco tempo, nesse momento que você conseguiu separar para você mesmo se entregue ao Yoga com amor, com dedicação total, com carinho. Lembre-se de que seu corpo na verdade não lhe pertence, não há um único átomo nele que tenha sido feito por você, cada partícula de seu corpo veio da terra e voltará para ela quando não for mais útil. Na verdade seu corpo é feito de poeira de estrelas. A mesma ordem que comanda as estrelas comanda o seu corpo e todas as coisas de sua vida. A medida em que você perceber essa ordem atuar através de você e se deixar levar por ela, a grandeza do Yoga se manifestará em você, apesar das suas limitações, na medida das possibilidades desse instrumento da ordem divina que foi colocado ao seu serviço: o seu corpo/mente.
João Mazza, 64, começou a praticar Yoga em 1972 na Academia Caio Miranda no Largo do Machado, Rio de Janeiro. Atualmente pratica no Shiva Shankara em Ipanema, Rio de Janeiro. Estuda Vedanta com Gloria Arieira desde 1979.
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Normose, professor Hermógenes
Normose, por professor Hermógenes
Ele disse que o ser humano está sofrendo de normose, a doença de ser normal.
Todo mundo quer se encaixar em um padrão. Só que o padrão propagado não é exatamente fácil de se alcançar.
O sujeito “normal” é magro, alegre, belo, sociável e bem-sucedido.
Bebe socialmente, está de bem com a vida, não pode parecer de forma alguma que está passando por algum problema.
Quem não se “normaliza”, quem não se encaixa nesses padrões, acaba adoecendo.
A angústia de não ser o que os outros esperam de nós gera bulimias, depressões, síndromes do pânico e outras manifestações de não enquadramento.
A pergunta a ser feita é: quem espera o quê de nós?
Quem são esses ditadores de comportamento a quem estamos outorgando tanto poder sobre nossas vidas?
Eles não existem.
Nenhum João, Zé ou Ana bate na à porta exigindo que você seja assim ou assado.
Quem nos exige é uma coletividade abstrata que ganha “presença” através de modelos de comportamento amplamente divulgados.
Só que não existe lei que exige que você do mesmo jeito que todos, seja lá quem for todos.
Melhor se preocupar em ser você mesmo.
A normose não é brincadeira.
Ela estimula a inveja, a auto-depreciação e a ânsia de querer o que não se precisa.
Você precisa de quantos pares de sapato?
Comparecer em quantas festas por mês?
Pesar quantos quilos até o verão chegar?
Freqüentar terapeuta para bater papo?
Não é necessário fazer curso de nada para aprender a se desapegar de exigências fictícias. Um pouco de auto-estima basta.
Pense nas pessoas que você mais admira: não são as que seguem todas as regras bovinamente, e sim, aquelas que desenvolveram personalidade própria e arcaram com os riscos de viver uma vida ao seu modo.
Criaram o seu “normal” e jogaram fora a fórmula, não patentearam, não passaram adiante.
O normal de cada um tem que ser original. Não adianta tomar para si as ilusões e desejos dos outros.
É fraude. E uma vida fraudulenta faz sofrer demais.
Eu me simpatizo cada vez mais com aqueles que lutam para remover obstáculos mentais e emocionais, e a viver de forma mais íntegra, simples e sincera.
Para mim são os verdadeiros normais, porque não conseguem colocar máscaras ou simular situações.
Se parecem sofrer, é porque estão sofrendo. E se estão sorrindo, é porque a alma lhes é iluminada.
Pois divulgo o alerta: a normose está doutrinando erradamente muitos homens e mulheres que poderiam, se quisessem, ser bem mais autênticos e felizes.
Sem mais.
Ele disse que o ser humano está sofrendo de normose, a doença de ser normal.
Todo mundo quer se encaixar em um padrão. Só que o padrão propagado não é exatamente fácil de se alcançar.
O sujeito “normal” é magro, alegre, belo, sociável e bem-sucedido.
Bebe socialmente, está de bem com a vida, não pode parecer de forma alguma que está passando por algum problema.
Quem não se “normaliza”, quem não se encaixa nesses padrões, acaba adoecendo.
A angústia de não ser o que os outros esperam de nós gera bulimias, depressões, síndromes do pânico e outras manifestações de não enquadramento.
A pergunta a ser feita é: quem espera o quê de nós?
Quem são esses ditadores de comportamento a quem estamos outorgando tanto poder sobre nossas vidas?
Eles não existem.
Nenhum João, Zé ou Ana bate na à porta exigindo que você seja assim ou assado.
Quem nos exige é uma coletividade abstrata que ganha “presença” através de modelos de comportamento amplamente divulgados.
Só que não existe lei que exige que você do mesmo jeito que todos, seja lá quem for todos.
Melhor se preocupar em ser você mesmo.
A normose não é brincadeira.
Ela estimula a inveja, a auto-depreciação e a ânsia de querer o que não se precisa.
Você precisa de quantos pares de sapato?
Comparecer em quantas festas por mês?
Pesar quantos quilos até o verão chegar?
Freqüentar terapeuta para bater papo?
Não é necessário fazer curso de nada para aprender a se desapegar de exigências fictícias. Um pouco de auto-estima basta.
Pense nas pessoas que você mais admira: não são as que seguem todas as regras bovinamente, e sim, aquelas que desenvolveram personalidade própria e arcaram com os riscos de viver uma vida ao seu modo.
Criaram o seu “normal” e jogaram fora a fórmula, não patentearam, não passaram adiante.
O normal de cada um tem que ser original. Não adianta tomar para si as ilusões e desejos dos outros.
É fraude. E uma vida fraudulenta faz sofrer demais.
Eu me simpatizo cada vez mais com aqueles que lutam para remover obstáculos mentais e emocionais, e a viver de forma mais íntegra, simples e sincera.
Para mim são os verdadeiros normais, porque não conseguem colocar máscaras ou simular situações.
Se parecem sofrer, é porque estão sofrendo. E se estão sorrindo, é porque a alma lhes é iluminada.
Pois divulgo o alerta: a normose está doutrinando erradamente muitos homens e mulheres que poderiam, se quisessem, ser bem mais autênticos e felizes.
Sem mais.
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Mahabharata - Udyoga Parva - por Bruno Jones
Muitos pensam que mauna é apenas ficar de boca fechada. Mas esquecemos que os outros sentidos permanecem se comunicando com o mundo e a mente não se silencia.
Para quem assistiu o filme "Comer, rezar e amar; esta passagem me lembra aquele patético exemplo de mauna, dado quando a protagonista se depara com uma das habitantes do ashram.
Nesta passagem do Mahabharata, o sábio Sanatsujata nos explica de forma breve o verdadeiro significado desta ascese.
Dhritarashtra disse: “Qual o objetivo da ascese? Mauna? Eu ouvi que há dois tipos de mauna: continência da fala e meditação. Qual é superior? Poderia uma pessoa atingir este estado de quietude a se tornar livre através de mauna? Como deve ser praticado?”
Sanatsujata disse: “O objetivo de mauna é reconhecer aquilo que está além do alcance de palavras e da mente. O verdadeiro mauna consiste não somente na continência da fala, mas na continência absoluta de todos os sentidos e da mente. O aspecto, forma e natureza de mauna deve ser necessariamente a dissolução daquilo que é objetivo e subjetivo (dualidade) e o foco em Brahman apenas. Quando este estado é “alcançado”, Brahman é “alcançado”. Brahman é representado pelo símbolo védico Om, que representa o denso, o sutil e o causal. Mauna é alcançado pela gradativa dissolução do denso no sutil, do sutil no causal e do causal em Brahman.
Para quem assistiu o filme "Comer, rezar e amar; esta passagem me lembra aquele patético exemplo de mauna, dado quando a protagonista se depara com uma das habitantes do ashram.
Nesta passagem do Mahabharata, o sábio Sanatsujata nos explica de forma breve o verdadeiro significado desta ascese.
Dhritarashtra disse: “Qual o objetivo da ascese? Mauna? Eu ouvi que há dois tipos de mauna: continência da fala e meditação. Qual é superior? Poderia uma pessoa atingir este estado de quietude a se tornar livre através de mauna? Como deve ser praticado?”
Sanatsujata disse: “O objetivo de mauna é reconhecer aquilo que está além do alcance de palavras e da mente. O verdadeiro mauna consiste não somente na continência da fala, mas na continência absoluta de todos os sentidos e da mente. O aspecto, forma e natureza de mauna deve ser necessariamente a dissolução daquilo que é objetivo e subjetivo (dualidade) e o foco em Brahman apenas. Quando este estado é “alcançado”, Brahman é “alcançado”. Brahman é representado pelo símbolo védico Om, que representa o denso, o sutil e o causal. Mauna é alcançado pela gradativa dissolução do denso no sutil, do sutil no causal e do causal em Brahman.
Mahabharata (ensinamento de Vidura a Dhritarashtra) - por Bruno Jones, quarta, 6 de julho de 2011 às 09:51
"Controlar a fala é tido como a mais difícil das disciplinas. Não é fácil manter uma longa conversa. Palavras elevadas e significativas que são aprazíveis para quem as escuta. Um bom discurso é capaz de conquistar muitas coisas boas. Da mesma forma, palavras ruins causam o mal. Uma floresta cortada por flechas ou machados pode crescer novamente, porém, um coração ferido por palavras perversas, nunca se recupera. Armas como flechas e dardos podem ser facilmente extraídas do corpo, mas uma palavra cravada funda no coração é impossível de ser retirada. Palavras podem ser como terríveis flechas atiradas pela boca. Ferido por elas, um homem sofre dia e noite. Um homem sábio não deve lançar tais flechas já que elas atingem o âmago de outros." (Udyoga Parva - Cap XII)
"Uma pessoa não deve responder às agressões de outras. Quando uma pessoa silenciosa sofre estas agressões, é o agressor que é consumido pela agressão. E as virtudes (se existem) deste agressor se tornarão as virtudes do agredido." (Mahabharata)
"Uma pessoa não deve responder às agressões de outras. Quando uma pessoa silenciosa sofre estas agressões, é o agressor que é consumido pela agressão. E as virtudes (se existem) deste agressor se tornarão as virtudes do agredido." (Mahabharata)
sábado, 2 de abril de 2011
Play Your Part Well - Sri Swami Satchidananda
“Whatever part we are given, let’s play our part well. Remember to be only a player. You are taking different parts, but you are not that, really. You play the part. Actors know who they are and what roles they are playing. So, without forgetting your nature, your original truth, play your part well, then you can play well in life. If you forget who you are, you can’t play the part well. Therefore, you must keep the knowledge of yourself and the part that you play simultaneously in mind. That’s what the scriptures call the two truths: one is the original truth, the supreme, spiritual truth—paramatkika sat. The other one is lautika sat, the ‘worldly truth.’ In the worldly truth, we play different parts. Within the absolute truth, we are all one.
“God bless you. Om Shanti, Shanti, Shanti.”
terça-feira, 15 de março de 2011
domingo, 13 de março de 2011
APRENDI
Aprendi que eu não posso exigir o amor de ninguém, posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e ter paciência, para que a vida faça o resto.
Aprendi que não importa o quanto certas coisas sejam importantes para mim, tem gente que não dá a mínima e eu jamais conseguirei convencê-las.
Aprendi que posso passar anos construindo uma verdade e destruí-la em apenas alguns segundos. Que posso usar meu charme por apenas 15 minutos, depois disso, preciso saber do que estou falando.
Eu aprendi... Que posso fazer algo em um minuto e ter que responder por isso o resto da vida. Que por mais que se corte um pão em fatias, esse pão continua tendo duas faces, e o mesmo vale para tudo o que cortamos em nosso caminho.
Aprendi... Que vai demorar muito para me transformar na pessoa que quero ser, e devo ter paciência. Mas, aprendi também, que posso ir além dos limites que eu próprio coloquei.
Aprendi que preciso escolher entre controlar meus pensamentos ou ser controlado por eles. Que os heróis são pessoas que fazem o que acham que devem fazer naquele momento, independentemente do medo que sentem.
Aprendi que perdoar exige muita prática. Que há muita gente que gosta de mim, mas não consegue expressar isso.
Aprendi... Que nos momentos mais difíceis a ajuda veio justamente daquela pessoa que eu achava que iria tentar piorar as coisas.
Aprendi que posso ficar furioso, tenho direito de me irritar, mas não tenho o direito de ser cruel. Que jamais posso dizer a uma criança que seus sonhos são impossíveis, pois seria uma tragédia para o mundo se eu conseguisse convencê-la disso.
Eu aprendi... que meu melhor amigo vai me machucar de vez em quando, que eu tenho que me acostumar com isso. Que não é o bastante ser perdoado pelos outros, eu preciso me perdoar primeiro.
Aprendi que, não importa o quanto meu coração esteja sofrendo, o mundo não vai parar por causa disso.
Eu aprendi... Que as circunstâncias de minha infância são responsáveis pelo que eu sou, mas não pelas escolhas que eu faço quando adulto.
Aprendi que numa briga eu preciso escolher de que lado estou, mesmo quando não quero me envolver. Que, quando duas pessoas discutem, não significa que elas se odeiem; e quando duas pessoas não discutem não significa que elas se amem.
Aprendi que por mais que eu queira proteger os meus filhos, eles vão se machucar e eu também. Isso faz parte da vida.
Aprendi que a minha existência pode mudar para sempre, em poucas horas, por causa de gente que eu nunca vi antes.
Aprendi também que diplomas na parede não me fazem mais respeitável ou mais sábio.
Aprendi que as palavras de amor perdem o sentido, quando usadas sem critério. E que amigos não são apenas para guardar no fundo do peito, mas para mostrar que são amigos.
Aprendi que certas pessoas vão embora da nossa vida de qualquer maneira, mesmo que desejemos retê-las para sempre.
Aprendi, afinal, que é difícil traçar uma linha entre ser gentil, não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisas em que acredito.
Charles Chaplin
Aprendi que eu não posso exigir o amor de ninguém, posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e ter paciência, para que a vida faça o resto.
Aprendi que não importa o quanto certas coisas sejam importantes para mim, tem gente que não dá a mínima e eu jamais conseguirei convencê-las.
Aprendi que posso passar anos construindo uma verdade e destruí-la em apenas alguns segundos. Que posso usar meu charme por apenas 15 minutos, depois disso, preciso saber do que estou falando.
Eu aprendi... Que posso fazer algo em um minuto e ter que responder por isso o resto da vida. Que por mais que se corte um pão em fatias, esse pão continua tendo duas faces, e o mesmo vale para tudo o que cortamos em nosso caminho.
Aprendi... Que vai demorar muito para me transformar na pessoa que quero ser, e devo ter paciência. Mas, aprendi também, que posso ir além dos limites que eu próprio coloquei.
Aprendi que preciso escolher entre controlar meus pensamentos ou ser controlado por eles. Que os heróis são pessoas que fazem o que acham que devem fazer naquele momento, independentemente do medo que sentem.
Aprendi que perdoar exige muita prática. Que há muita gente que gosta de mim, mas não consegue expressar isso.
Aprendi... Que nos momentos mais difíceis a ajuda veio justamente daquela pessoa que eu achava que iria tentar piorar as coisas.
Aprendi que posso ficar furioso, tenho direito de me irritar, mas não tenho o direito de ser cruel. Que jamais posso dizer a uma criança que seus sonhos são impossíveis, pois seria uma tragédia para o mundo se eu conseguisse convencê-la disso.
Eu aprendi... que meu melhor amigo vai me machucar de vez em quando, que eu tenho que me acostumar com isso. Que não é o bastante ser perdoado pelos outros, eu preciso me perdoar primeiro.
Aprendi que, não importa o quanto meu coração esteja sofrendo, o mundo não vai parar por causa disso.
Eu aprendi... Que as circunstâncias de minha infância são responsáveis pelo que eu sou, mas não pelas escolhas que eu faço quando adulto.
Aprendi que numa briga eu preciso escolher de que lado estou, mesmo quando não quero me envolver. Que, quando duas pessoas discutem, não significa que elas se odeiem; e quando duas pessoas não discutem não significa que elas se amem.
Aprendi que por mais que eu queira proteger os meus filhos, eles vão se machucar e eu também. Isso faz parte da vida.
Aprendi que a minha existência pode mudar para sempre, em poucas horas, por causa de gente que eu nunca vi antes.
Aprendi também que diplomas na parede não me fazem mais respeitável ou mais sábio.
Aprendi que as palavras de amor perdem o sentido, quando usadas sem critério. E que amigos não são apenas para guardar no fundo do peito, mas para mostrar que são amigos.
Aprendi que certas pessoas vão embora da nossa vida de qualquer maneira, mesmo que desejemos retê-las para sempre.
Aprendi, afinal, que é difícil traçar uma linha entre ser gentil, não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisas em que acredito.
Charles Chaplin
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
faça seu coração vibrar - Osho (3)
Qual é a sua definição de certo? Aquilo que está em harmonia com a existência é certo e aquilo que está em desarmonia com a existência é errado. Você precisa estar o tempo todo muito alerta, porque isso terá que ser decidido a cada instante. Não pode depender de respostas prontas para saber se algo está certo ou errado.
Trecho do livro - Faça seu coração vibrar - Osho
faça seu coração vibrar - Osho (2)
Sempre que alguém transmite mandamentos, cria dificuldades para as pessoas, porque na época em que são transmitidos eles já estão ultrapassados. A vida passa muito rapidamente: ela é dinâmica, não é estática. Não é um poço de águas estagnadas, é um Ganges, está sempre fluindo. Nunca é a mesma por dois momentos consecutivos. Portanto, uma coisa pode estar certa agora e pode não estar daqui a pouco. O que fazer, então? A única saída é ajudar as pessoas a ficarem tão conscientes a ponto de elas mesmas poderem decidir como responder a uma vida em constante mudança.
Trecho do livro - Faça seu coração vibrar - Osho
faça seu coração vibrar - Osho
A regra de ouro da vida é que não existem regras de ouro. Não podem existir. A vida é tão vasta, tão imensa, tão estranha, misteriosa... Ela não pode ser reduzida a uma regra ou máxima. Nenhuma máxima dá conta de tudo, as máximas são muito pequenas - não podem conter a vida e suas energias vivas. Por isso, a regra de ouro faz sentido: a de que não existem regras de ouro. Um ser humano aut6entico não vive à base de regras, de máximas, de mandamentos. O ser humando autêntico simplesmente vive.
Trecho do livro - Faça seu coração vibrar - Osho
Trecho do livro - Faça seu coração vibrar - Osho
domingo, 23 de janeiro de 2011
CANÇÃO DE ATMA - from SHINKEI | 新系 by PSYGAI
Abraço o Homem como o nosso redentor
Que transforma a destruição em esplendor
A nova Gaia esperando ser nascida
Cicatrizando a ferida de Shiva
Inovando com a arte matar
O ego sujo que corrompe a nossa alma
Animando o corpo do pequeno príncipe
Desvelando o princípio triste
Que não posso crer
Que nos faz sofrer
Que desvela o Ser
"Se por um momento eu deixasse de agir
Pereceria o mundo inteiro aqui" ¹
"Minha natureza é a benção da pura
Consciência" ² [de um eterno servir]
Hei de tornar você um grande yogi
Que brilha atrás do véu de Maya sobre
As correntes dos nadis de outros homens
Que prendem a consciência à fonte
Que não posso crer
Que nos faz sofrer
Que revela a morte!
Para não morrer na sombra!
E permanecer plugado!
Padecer sem o sagrado!
"Se por um momento eu deixasse de agir
Pereceria o mundo inteiro aqui" ¹
"Minha natureza é a benção da pura
Consciência" ² [de um eterno servir]
A Nova Era será iluminada
Pela nova química da pureza
"Janaka e outros heróis alcançaram perfeição por meio de obras
E ajudaram a Humanidade
Assim age também tu por amor..." ¹
__________
¹ Bhagavad Gītā [भगवद्गीता]
² Canção de Ātmā, por Ādi Śaṅkara [आदि शङ्करः]
Que transforma a destruição em esplendor
A nova Gaia esperando ser nascida
Cicatrizando a ferida de Shiva
Inovando com a arte matar
O ego sujo que corrompe a nossa alma
Animando o corpo do pequeno príncipe
Desvelando o princípio triste
Que não posso crer
Que nos faz sofrer
Que desvela o Ser
"Se por um momento eu deixasse de agir
Pereceria o mundo inteiro aqui" ¹
"Minha natureza é a benção da pura
Consciência" ² [de um eterno servir]
Hei de tornar você um grande yogi
Que brilha atrás do véu de Maya sobre
As correntes dos nadis de outros homens
Que prendem a consciência à fonte
Que não posso crer
Que nos faz sofrer
Que revela a morte!
Para não morrer na sombra!
E permanecer plugado!
Padecer sem o sagrado!
"Se por um momento eu deixasse de agir
Pereceria o mundo inteiro aqui" ¹
"Minha natureza é a benção da pura
Consciência" ² [de um eterno servir]
A Nova Era será iluminada
Pela nova química da pureza
"Janaka e outros heróis alcançaram perfeição por meio de obras
E ajudaram a Humanidade
Assim age também tu por amor..." ¹
__________
¹ Bhagavad Gītā [भगवद्गीता]
² Canção de Ātmā, por Ādi Śaṅkara [आदि शङ्करः]
http://psygai.bandcamp.com/track/can-o-de-atma
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Understand the World - Sri Swami Satchidananda
“When we understand the ups and downs of the world in the proper way, we will see that it’s up to us to understand this and raise above it all. Then, you can ride over the waves and enjoy them. You will say, ‘Oh, these waves are the nature of the world; they will not attack me.’ That is the knowledge we want. Then, you won’t get upset over anything. Otherwise, what is the purpose of all this Yoga to balance the mind? When everything is balanced already, why should you balance yourself? When you understand that pain and pleasure are two sides of one coin, then you understand them in the right light and no longer suffer. So it is up to us to raise ourselves above the ups and downs.”
sábado, 1 de janeiro de 2011
feliz ano novo! - presente de Victor Naine
domingo, 12 de dezembro de 2010
Slow and Steady Wins the Race - Swami Satchidanada
“In Yoga asanas or in yogic breathing, one should never exert oneself. Always make sure you do the practices easily, without straining. That is a safe rule. There is no strenuous aspect in Yoga practices. In meditation, if you are going to fight with the mind, then the mind will become rather violent and it will threaten you. Then, whenever you sit for meditation the mind will revolt. So there is always an easy way of doing things, and we should not be hasty in our desire to get the real benefits. Let things come in their own time. Our duty is simply to do the practices continuously. If you do them slowly and steadily, you’ll win the race.
“God bless you. Om Shanthi, Shanthi, Shanthi.”
sábado, 11 de dezembro de 2010
yoga na gestação
Yogas citta vrtti nirodhah (segundo yoga sutra- Patanjali)
Yoga é uma ferramenta, uma disciplina, uma prática que nos leva aceitar e acomodar que a mente passa de um pensamento a outro seguidamente. Essa é a sua função. Meditação é achar o espaço entre cada pensamento. Ter um corpo saudável e sob controle é o primeiro passo, para isso hatha yoga. Controlar a respiração, pranayama, é a chave (é a diferença básica entre alongamento e hatha yoga). Através destes controles chegamos à mente e assim podemos observar; perceber, entender e nos autoconhecer. Daí, aprendemos sobre a relatividade das coisas, que tudo muda o tempo todo, e passamos a ver os objetos externos um pouco mais de longe, reconhecendo nossos papeis frente às situações em nossas vidas. O que sempre é igual é a testemunha em nós, é o que percebe e sabe tudo que você sabe e também o que você não sabe. Quando se chega nessa testemunha, nesse olhar sobre si mesmo, passamos a saber o que desejamos e o que rejeitamos, o que nos deixa bem e o que nos deixa não tão bem. Passamos a agir com escolhas, não mais reagido e sim agindo deliberadamente. Estas escolhas refletem nos nossos hábitos, vamos escolher um melhor alimento, uma melhor leitura, um melhor programa. Tudo vai ganhando leveza, deixando de ser tão sério, e nos damos conta do que já somos, plenos, felizes, e de que os objetos externos podem até revelar isso instantaneamente, mas eles não têm o poder de manter essa paz. Só nós mesmos através do conhecimento poderemos.
A gravidez é o momento onde se vive mais plenamente yoga, pois as mudanças acontecem diariamente, no corpo, na mente, não se tem escolha, não se tem duvida, não existe outra opção a não ser aceitar e acolher estas mudanças. Quebrando o ciclo de medo, tensão e dor. As expectativas neste período são as maiores, as duvidas sobre o que vai acontecer, sobre como ser mãe. Com tanta coisa pode-se até esquecer o mais importante, uma nova vida está sendo criada, um novo ser, uma nova relação. Para isso é preciso espaço, no corpo, na respiração e na mente. Para ser filha, para ser companheira, para ser mãe é preciso Ser. Sabendo quem somos de verdade podemos estar inteiros em cada papel. Para isso respiramos, observamos aprendemos, escolhemos, aceitamos. E agradecemos! Namaste!
domingo, 5 de dezembro de 2010
megamind
Parece mesmo que a verdade está aí para qualquer pessoa perceber. Nos ditados mais populares, taoísmo, confucionismo, palavras de santos, orações. Nossa mente é que precisa de amadurecimento para reconhecê-la. Percebê-la em tudo.
Tudo aponta para a mesma coisa, para o que já somos e não sabemos. Para o que tanto queremos e procuramos fora.
Nos objetos externos encontramos conforto, comodidade, realização, poder, felicidade, tudo o que você quiser projetar neles. A falta deles nos traz tristeza, medo, insegurança, raiva, frustração, depressão, doença. Por eles mentimos, esquecemos do outro, brigamos, ofendemos, passamos por cima.
O que é o bem e o mal? O que é o dharma? De onde vem tudo? Existe um cara sentado olhando para tudo e brincando? As lilas são para o divertimento de alguém? Somos destinados a alguma coisa? Para que o livre arbítrio?
Tantas perguntas nos levam ao autoconhecimento e quando você consegue se questionar e começa a amadurecer através de tudo que se passa, começa também, a saber, as respostas e vê-las por aí.
Por exemplo, num filme de animação, para crianças, com humor adulto, uma sátira aos filmes de super heróis, mas que questiona o bem e o mal, destino, dharma, escolhas.
O vilão, enviado de outro planeta, resolve ser mal, pois logo pequeno ele percebe que não faz nada direito, a não ser o que é errado. Ele é ofuscado pela perfeição de outro ser, também extraterrestre, que só faz o bem, salva e ajuda toda uma cidade e é reconhecido. Quando em mais um confronto o vilão consegue matar o mocinho e toma a cidade para si, ele fica sem saber o que fazer, a vida fica vazia, ele tem tudo o que sempre quis, mas não tem nada para fazer. Ele se dá conta que sua vida era motivada pelas lutas, que sem o bem, o mal dele perde o sentido. Ele então procura uma pessoa boa para construir um novo super herói, para ter com quem lutar. Na grande ameaça à cidade o novo herói não aparece, o vilão vai até ele e o encontra sentado jogando vídeo game, cheio de coisas e dinheiro que acabara de roubar, e quando questionado ele diz, “ué para que eu iria querer super poderes se não para ter o que eu quiser”. Este então se torna o novo vilão. O mal descobre sua real vocação que era fazer o bem. O mocinho morto, na verdade forjou a própria morte por que tinha cansado de repetir o mesmo clichê de lutar contra o mal e ser reconhecido, ele queria ter uma vida comum, ser músico, e assim escolheu. A mocinha, uma repórter, não teve nenhum romance com o herói, ele não fazia o tipo dela, e ela acaba com o vilão–bom, afinal aparência não é tudo, o que importa é a essência. O filme termina dizendo que o nosso destino nós fazemos através das nossas escolhas, e não o que nos dizem que é o certo.
Está aí para quem quiser aprender, melhor, falando para crianças.
Não existe bem e mal se você sabe que Tudo é a mesma coisa, que somos um. Que o criador e a criação são. Existe equilíbrio, tudo acontece por uma ordem, que é como a lei da gravidade, ninguém vê, mas todos sabem o que é. Isso é o dharma. Fazer para outro o que você gostaria que fizessem para você. Quem não quer ser bem tratado? Ser reconhecido? Mas nos comparamos e começamos nosso samsara, lotados de projeções, identificações, condicionamentos.
Vale à pena, é tudo para nosso bem, esse bem que nada mais é que o amadurecimento, o dar-se conta, a iluminação (sem luzinha colorida), a liberação, moksa.
Não deve mesmo ter ninguém sentado nos olhando e brincando, tudo vai seguindo uma lógica, desencadeando ações e reações, e no final tudo dá certo por que não tem outra coisa para acontecer. Quando o problema acaba e vem o entendimento e o amadurecimento, percebemos que foi melhor assim. Enquanto não aceitamos os acontecimentos a confusão continua. Esse é o tipo de problema que a solução está em nós mesmos. Um problema real se resolve na hora, o que fica nos assombrando é nossa mente sem controle. Como diz o ditado, o que não tem remédio, remediado está.
Somos dotados de um intelecto para que sejamos capazes de questionar, criar, entender, aprender e nos darmos conta. Através do conhecimento vem a verdade. Para isso precisamos de um corpo humano para a iluminação. Por isso é um presente estarmos nesta condição, é um mérito ainda maior se somos capazes de um dia nos questionarmos e nos voltarmos para nós mesmos. Essas realizações do que somos e o que tanto buscamos não nos é tirado, é algo que se acumula e assim evoluímos.
Muito se fala e se fantasia. Normal, já que nossa mente funciona desse jeito, precisamos de forma. Temos todas as formas disponíveis, várias maneiras de chegarmos ao mesmo lugar. Tem para todo gosto. Nada é melhor ou pior, tudo faz parte e serve para um ou outro. Coexistir é importante. O que para mim é bom, pode não ser para você, e está tudo bem, tudo de acordo com a ordem. Isso não nos deixa apáticos, devemos debater nossas idéias, para que mais e mais possamos aprender, mas com respeito e honra.
A verdade é uma só, não existe a minha ou a sua. Estamos aqui para aprendê-la. Nosso caminho nós escolhemos.
A vida é feita de escolhas, de momentos, de pontos de vista, tudo muda sempre, tudo é relativo. Até o dharma é relativo. A única coisa que não muda é o que testemunha, que tudo sabe e que está numa consciência única.
Namaste _/\_
Juliana Cerdá, 05/12/10
letters to juliet
"'What' and ‘if’ two words as nonthreatening
as words come. But put
them together side-by-side and they
have the power to haunt you for the
rest of your life: ‘What if?'..."
"I don't know how your story ended.
But I know that if what you felt
then was love - true love - then
it's never too late. If it was true
then it why wouldn't it be true
now? You need only the courage to
follow your heart..."
"I don't know what a love like that
feels like... a love to leave loved
ones for, a love to cross oceans
for... but I'd like to believe if I
ever felt it. I'd have the courage
to seize it. I hope you had the
courage to seize it, Claire. And if
you didn't, I hope one day that you
will."
'' 'E' e 'Se' são duas palavras tão inofensivas quanto qualquer palavra. Mas coloque-as juntas, lado a lado, e elas têm o poder de assombrá-la pelo resto de sua vida.
'E se?'... E se? E se?
Não sei como sua história acabou. Mas se o que você sentia na época era amor verdadeiro, então nunca é tarde demais. Se era verdadeiro, então, por que não o seria agora? Você só precisa ter coragem para seguir seu coração.
Não sei como é sentir amor como o de Julieta, um amor pelo qual abandonar os entes queridos, um amor pelo qual cruzar os oceanos. Mas gosto de pensar que, se um dia eu o sentisse, eu teria a coragem de agarrá-lo.
E se você não o fez, espero que um dia o faça.
Letter to Claire
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Words of Wisdom from Swami Satchidananda
Master Your Self
"Become the master of your mind. Do not allow your thoughts to run where they want. We always want to be the master over others, but we don't turn the tide inward. That's why Yoga begins with 'Yoga Citta Vritti Nirodha,' which means, 'Control of the mind is Yoga.' To control the mind, we have to keep it pure; keep it clean. To keep the mind clean, we have to keep the senses clean. And to keep the senses clean, we have to keep the body clean. Do Hatha Yoga to make the body healthy, so you can control it. Learn to regulate your breathing through pranayama and, gradually, you will be able to control your breath, your senses and then, ultimately, the mind. Once you have the purity of control, you become the master and you will realize the true Self."
Om shanti, shanti, shanti
Peace, peace, peace
fonte: Red Sun Yoga
http://redsunyoga.com/
terça-feira, 30 de novembro de 2010
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Swami Vagishananda
Sabemos que todos os nossos relacionamentos, incluindo o relacionamento conosco mesmos, a nossa relação com a vida e suas circunstâncias são reflexo de nossa mente. A mente é o maior e mais complexo recurso que temos e, por muitas vezes, fazemos mau uso do seu potencial colocando nossas vidas em situações conflitantes e desagradáveis. A todo o momento somos bombardeados por incontáveis pensamentos que, em vários momentos, são contraditórios e despendem muita energia do nosso ser. Dessa maneira permanecemos em um estado mental agitado, ansioso e questionador, onde se torna muito comum as seguintes perguntas: “Como faço para obter a felicidade que tanto busco?”, “Por quê, apesar de tantas conquistas, não alcancei a felicidade duradoura?”... A ausência de respostas a essas questões gera em nós uma ansiedade ainda mais profunda.
A chave para as respostas a essas perguntas está no entendimento profundo do funcionamento da mente e no gerenciamento dos pensamentos. E essa compreensão somente se conquista mergulhando para o nosso interior, pois é aí que está a nossa real essência de paz e felicidade plena. Qualquer tentativa de busca da felicidade por qualquer outro meio que não esse, será insatisfatório, gerando momentos de felicidade que não perduram .
fonte: instituto Namaha
domingo, 14 de novembro de 2010
sábado, 13 de novembro de 2010
Nirvāṇa Ṣaṭkaṁ - “Sexteto da Iluminação” - de Ādi Śaṅkaracharya
mano-buddhyahaṅkāra-chittāni nāhaṁ
na cha śrotra-jivhe na cha ghrāṇa-netre
na cha vyoma-bhūmirna tejo na vāyuḥ
chidānandarūpaśśivo'haṁ śivo'ham 1
Não sou mente nem razão; não sou ego nem memória;
Não sou audição, nem paladar, nem olfato nem visão.
Não sou espaço nem terra; não sou fogo nem ar.
Minha natureza é consciência e plenitude. Sou Ser, sou Ser. 1.
na cha prāṇa-sañjño na vai pañchavāyuḥ
na vā saptadhātur na vā pañchakośāḥ
na vāk pāṇipādau na chopasthapāyūḥ
chidānandarūpaśśivo'haṁ śivo'ham 2
Não sou o que se conhece como prāṇa nem os cinco alentos;
nem os sete elementos do corpo físico, nem os cinco kośas.
Não sou fala, nem mãos ou pés; nem sexo nem eliminação.
Minha natureza é consciência e plenitude. Sou Ser, sou Ser. 2.
na me dveṣa-rāgau na me lobha-mohau
mado naiva me naiva mātsaryabhāvaḥ
na dharmo na chārtho na kāmo na mokṣaḥ
chidānandarūpaśśivo'haṁ śivo'ham 3
Não tenho apego nem aversão; nem ambição, nem ilusão;
orgulho e inveja não são meus; não tenho deveres,
nem objetivos, nem desejos, nem busco a libertação.
Minha natureza é consciência e plenitude. Sou Ser, sou Ser. 3.
na puṇyaṁ na pāpaṁ na saukhyaṁ na duḥkhaṁ
na mantro na tīrthaṁ na vedā na yajñāḥ
ahaṁ bhojanaṁ naiva bhojyaṁ na bhoktā
chidānandarūpaśśivo'haṁ śivo'ham 4
Não sou virtude nem ação errônea; nem alegria nem sofrimento;
nem mantras nem lugares sagrados; nem escrituras nem rituais;
não sou prazer nem o que produz prazer, nem o desfrutador.
Minha natureza é consciência e plenitude. Sou Ser, sou Ser. 4.
na me mṛtyuśaṅkā na me jātibhedaḥ
pitā naiva me naiva mātā na janma
na bandhurna mitraṁ gururnaiva śiṣyaḥ
chidānandarūpaśśivo'haṁ śivo'ham 5
Não sou morte nem medo; não tenho classe social;
nem pai, nem mãe, nem nascimento são meus;
não tenho parentes nem amigos; nem mestre nem discípulos.
Minha natureza é consciência e plenitude. Sou Ser, sou Ser. 5.
ahaṁ nirvikalpo nirākāra-rūpaḥ
vibhutvāchcha sarvatra sarvendriyāṇām
na chāsaṅgato naiva muktirna bandhaḥ
chidānandarūpaśśivo'haṁ śivo'ham 6
Sou livre de pensamentos. Sou livre de estrutura e forma;
Estou conectado com os sentidos, pois permeio o existente.
Não sou apegado nem condicionado, nem [busco a] liberdade.
Minha natureza é consciência e plenitude. Sou Ser, sou Ser. 6.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
"Não rir nem chorar, mas compreender". Espinoza, Tratado Político
"[...] uma criancinha acredita apetecer, livrementre, o leite; um menino furioso, a vingança; e o intimidado, a fuga. Um homem embriagado também acredita que é pela livre decisão de sua mente que fala aquilo sobre o qual, mais tarde, já sóbrio, preferiria ter calado. Igualmente, o homem que diz loucuras, a mulher que fala demais, a criança e muitos outros do mesmo gênero acreditam que assim se expressam por uma livre decisão da mente, quando, na verdade, não são capazes de conter o impulso que os leva a falar. Assim, a própria experiência ensina, não menos claramente que a razão, que os homens se julgam livres apenas porque são conscientes de suas ações, mas desconhecem as causas pelas quais são determinados. Ensina também que as decisões da mente nada mais são do que os próprios apetites: elas variam, portanto, de acordo com a variável disposição do corpo. Assim, cada um regula tudo de acordo com o seu próprio afeto e, além disso, aqueles que são afligidos por afetos opostos não sabem o que querem, enquanto aqueles que não têm nenhum afeto são, pelo menor impulso, arrastados de um lado para outro. Sem dúvida, tudo isso mostra claramente que tanto a decisão da mente, quanto o apetite e a determinação do corpo são, por natureza, coisas simultâneas, ou melhor, são uma só e mesma coisa, que chamamos decisão quando considerada sob o atributo do pensamento e explicada por si mesma, e determinação, quando considerada sob o atributo da extensão e deduzida das leis do movimento e do repouso [...]" Spinoza, Ética, parte 3, prop 2 esc.
Conteúdo filosófico - Bento Spinoza
Spinoza defendeu que Deus e Natureza eram dois nomes para a mesma realidade, a saber, a única substância em que consiste o universo e do qual todas as entidades menores constituem modalidades ou modificações. Ele afirmou que Deus sive Natura ("Deus ou Natureza" em latim) era um ser de infinitos atributos, entre os quais a extensão (sob o conceito atual de matéria) e o pensamento eram apenas dois conhecidos por nós.
A sua visão da natureza da realidade, então, fez tratar os mundos físicos e mentais como dois mundos diferentes ou submundos paralelos que nem se sobrepõem nem interagem mas coexistem em uma coisa só que é a substância. Esta formulação é uma solução muitas vezes considerada um tipo de panteísta e de monismo.
Spinoza também propunha uma espécie de determinismo, segundo o qual absolutamente tudo o que acontece ocorre através da operação da necessidade, e nunca da teleologia. Para ele, até mesmo o comportamento humano seria totalmente determinado, sendo então a liberdade a nossa capacidade de saber que somos determinados e compreender por que agimos como agimos. Deste modo, a liberdade para Spinoza não é a possibilidade de dizer "não" àquilo que nos acontece, mas sim a possibilidade de dizer "sim" e compreender completamente por que as coisas deverão acontecer de determinada maneira. [2]
A filosofia de Spinoza tem muito em comum com o estoicismo, mas difere muito dos estóicos num aspecto importante: ele rejeitou fortemente a afirmação de que a razão pode dominar a emoção. Pelo contrário, defendeu que uma emoção pode ser ultrapassada apenas por uma emoção maior. A distinção crucial era, para ele, entre as emoções activas e passivas, sendo as primeiras aquelas que são compreendidas racionalmente e as outras as que não o são.
Substância
A sua visão da natureza da realidade, então, fez tratar os mundos físicos e mentais como dois mundos diferentes ou submundos paralelos que nem se sobrepõem nem interagem mas coexistem em uma coisa só que é a substância. Esta formulação é uma solução muitas vezes considerada um tipo de panteísta e de monismo.
Spinoza também propunha uma espécie de determinismo, segundo o qual absolutamente tudo o que acontece ocorre através da operação da necessidade, e nunca da teleologia. Para ele, até mesmo o comportamento humano seria totalmente determinado, sendo então a liberdade a nossa capacidade de saber que somos determinados e compreender por que agimos como agimos. Deste modo, a liberdade para Spinoza não é a possibilidade de dizer "não" àquilo que nos acontece, mas sim a possibilidade de dizer "sim" e compreender completamente por que as coisas deverão acontecer de determinada maneira. [2]
A filosofia de Spinoza tem muito em comum com o estoicismo, mas difere muito dos estóicos num aspecto importante: ele rejeitou fortemente a afirmação de que a razão pode dominar a emoção. Pelo contrário, defendeu que uma emoção pode ser ultrapassada apenas por uma emoção maior. A distinção crucial era, para ele, entre as emoções activas e passivas, sendo as primeiras aquelas que são compreendidas racionalmente e as outras as que não o são.
Substância
Para Spinoza, a substância não possui causa fora de si, ela é uma causa não-causada, ou seja, uma causa em si. Ela é singular a ponto de não poder ser concebida por outra coisa que não ela mesma. Por não ser causada por nada, a substância é totalmente independente, livre de qualquer outra coisa, pois sua existência basta-se em si mesma.Ou seja, a substância, para que o entendimento possa formar seu conceito, não precisa do conceito de outra coisa. A substância é absolutamente infinita, pois se não o fosse, precisaria ser limitada por outra substância da mesma natureza.
Pela proposição V da Parte I da Ética, ele afirma: "Uma substância não pode ser produzida por outra substância", portanto, não existe nada que limite a substância, sendo ela, então, infinita. Da mesma forma, a substância é indivisível, pois, do contrário, ao ser dividida ela, ou conservaria a natureza da substância primeira, ou não. Se conservasse, então uma substância formaria outra, o que é impossível de acordo com a proposição VI; se não conservasse, então a substância primeira perderia sua natureza, logo, deixaria de existir, o que é impossível pela proposição 7, a saber: "à natureza de uma substância pertence o existir". Assim, a substância é indivisível.
Assim, sendo da natureza da substância absolutamente infinita existir e não podendo ser dividida, ela é única, ou seja, só há uma única substância absolutamente infinita ou Deus.
Apesar de ser denominado Deus, a substância de Espinoza é radicalmente diferente do Deus judaico-cristão, pois não tem vontade ou finalidade já que a substância não pode ser sem existir (se pudesse ser sem existir, haveria uma divisão e a substância seria limitada por outra, o que, para Espinoza, é absurdo, como foi explicado no parágrafo anterior). Consequentemente, o Deus de Espinoza não é alvo de preces e menos ainda exigiria uma nova religião.
Pela proposição V da Parte I da Ética, ele afirma: "Uma substância não pode ser produzida por outra substância", portanto, não existe nada que limite a substância, sendo ela, então, infinita. Da mesma forma, a substância é indivisível, pois, do contrário, ao ser dividida ela, ou conservaria a natureza da substância primeira, ou não. Se conservasse, então uma substância formaria outra, o que é impossível de acordo com a proposição VI; se não conservasse, então a substância primeira perderia sua natureza, logo, deixaria de existir, o que é impossível pela proposição 7, a saber: "à natureza de uma substância pertence o existir". Assim, a substância é indivisível.
Assim, sendo da natureza da substância absolutamente infinita existir e não podendo ser dividida, ela é única, ou seja, só há uma única substância absolutamente infinita ou Deus.
Apesar de ser denominado Deus, a substância de Espinoza é radicalmente diferente do Deus judaico-cristão, pois não tem vontade ou finalidade já que a substância não pode ser sem existir (se pudesse ser sem existir, haveria uma divisão e a substância seria limitada por outra, o que, para Espinoza, é absurdo, como foi explicado no parágrafo anterior). Consequentemente, o Deus de Espinoza não é alvo de preces e menos ainda exigiria uma nova religião.
fonte: wikipédia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bento_de_Espinoza
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Terapia deveria servir para promover o autoconhecimento, mas isso incomoda e não faz o paciente-cliente ficar por muito tempo. Então se fala o que o outro quer ouvir, exaltando e afirmando seja o que for. Deixa de ser terapia para ser sessão de massagem do ego, o cliente sai feliz e continua voltando toda semana para se auto-afirmar, se validar. O terapeuta garante seu pagamento mesmo que isso não tenha nada haver com o que ele se propôs a estudar e trabalhar por vocação ou interesse. E todos seguem felizes, iludidos, validados uns pelos outro; claro para o terapeuta me validar eu tenho que valida-lo também, tenho que acreditar que ele é infalível, esqueço que é outro ser humano; perdidos, dependentes. Quem é infalível?
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